Séries de viagem no tempo que vão mexer com a sua cabeça do início ao fim

Cada uma das séries, com suas próprias regras e reviravoltas, mostra um lado diferente da viagem no tempo.

A viagem no tempo sempre exerceu um fascínio enorme sobre a humanidade. Quem nunca sonhou em corrigir um erro do passado ou vislumbrar o futuro? A ficção científica, claro, soube explorar essa temática como ninguém e as séries de viagem no tempo são um prato cheio para quem adora histórias complexas e cheias de reviravoltas.

Prepare-se para embarcar em uma jornada através do tempo e do espaço com estas séries que vão desafiar sua percepção da realidade. De dramas existenciais a thrillers cheios de ação, cada uma dessas séries de viagem no tempo oferece uma perspectiva única sobre as possibilidades (e os perigos) de manipular o tempo.

1. Dark

Dark não perde tempo e já no primeiro episódio mostra o desaparecimento de Mikkel Nielsen em 2019, o que dá início a uma sequência de saltos temporais entre 1953, 1986 e 2052. Aliás, a cidade de Winden, com clima cinzento e floresta densa, vira o centro de uma confusão temporal onde tudo está conectado.

Inclusive, a série trabalha com ciclos de 33 anos e isso não é por acaso. Afinal, esse intervalo está ligado a eventos astronômicos e marca cada ponto de virada na trama. Jonas, que começa como um adolescente comum, aos poucos descobre que seu papel vai muito além do que imaginava.

A usina nuclear, a caverna e os arquivos antigos da polícia são peças fundamentais. Aos poucos, nomes se repetem em épocas diferentes e a árvore genealógica da cidade começa a se embaralhar. Ainda assim, cada detalhe importa, desde a música de fundo até os objetos deixados em cena. Nada é colocado por acaso.

2. Os 12 Macacos

Os 12 Macacos começa com James Cole sendo enviado do futuro até 2015 para impedir a liberação de um vírus mortal. A princípio, a missão parece simples, mas logo o tempo vira um labirinto cheio de armadilhas. Cada salto temporal exige uma decisão rápida, que nem sempre leva ao resultado esperado.

O projeto Cádmus, que permite essas viagens no tempo, tem falhas e limitações. À medida que Cole se aproxima do Exército dos 12 Macacos, ele descobre que as linhas do tempo se ajustam de forma imprevisível. Então, o passado começa a se alterar e os laços entre personagens mudam junto com ele.

A Dra. Cassandra Railly, médica do presente, vira peça-chave nas ações do futuro. Aliás, a série trabalha bem os detalhes técnicos das viagens, com paradoxos, versões alternativas dos personagens e consequências inesperadas. Quanto mais Cole tenta consertar o tempo, mais as camadas se acumulam.

3. Travelers

Travelers acompanha agentes do futuro que têm suas consciências enviadas para corpos do presente, assumindo suas vidas para evitar um desastre global. Inclusive, a troca de identidade acontece no momento exato da morte do hospedeiro, o que cria tensão constante entre o que eles sabem e o que precisam esconder.

Cada personagem traz um passado complicado e a adaptação às rotinas comuns gera conflitos interessantes. Além disso, eles enfrentam regras rígidas, como nunca interferir diretamente em suas próprias vidas passadas, o que traz dilemas inesperados.

Aliás, a série também mostra como a tecnologia do futuro influencia as ações no presente, especialmente na forma como eles planejam suas missões. Sem contar que os encontros com outras equipes de Travelers criam reviravoltas que complicam ainda mais a missão.

4. Boneca Russa

Boneca Russa mostra Nadia presa em um ciclo sem fim, onde ela morre e volta exatamente no mesmo dia, uma e outra vez. Inclusive, a série não usa viagens no tempo tradicionais, mas sim uma repetição temporal que mexe com a cabeça e desafia a personagem a entender o que está acontecendo.

A cada morte, surgem pistas que conectam Nadia a Alan, outro personagem preso no mesmo loop. Certamente, essa ligação vai revelando detalhes sobre o passado deles e sobre os motivos dessa repetição. E, claro, a ambientação em Nova York ajuda a criar um clima ao mesmo tempo urbano e claustrofóbico.

Ademais, a mistura de humor ácido com cenas tensas deixa o ritmo leve, mesmo com a trama complexa. No mais, a trilha sonora e a edição rápida ajudam a reforçar a sensação de estar preso no tempo, enquanto o roteiro explora temas como culpa, redenção e autoconhecimento.

5. Contraparte

Contraparte apresenta uma realidade dividida em dois mundos paralelos, criados após um experimento secreto em Berlim. Howard Silk, funcionário de uma agência burocrática, descobre a existência de sua versão alternativa e se vê preso em uma rede de espionagem entre essas duas realidades.

Assim, a série não usa viagem no tempo tradicional, mas trabalha com a ideia de linhas que se separaram há décadas e evoluíram de forma diferente. Inclusive, as pequenas decisões de cada versão dos personagens criam consequências inesperadas, o que torna cada encontro ainda mais tenso.

O destaque fica no contraste entre os dois Howards. Afinal, um é pacato e rotineiro, o outro é treinado e direto. Esse confronto entre identidades mostra como o ambiente molda quem a pessoa vira com o tempo. No mais, os episódios mergulham em traições, manipulações e segredos escondidos nos corredores do governo.

6. Devs

Devs foca em uma empresa de tecnologia que esconde um projeto secreto dentro de seu setor mais isolado. Ali, uma equipe trabalha com um sistema capaz de prever o passado e o futuro com base em dados quânticos. Logo, a série explora viagem no tempo de forma teórica, sem precisar de máquinas ou portais.

A protagonista, Lily Chan, começa a investigar o desaparecimento do namorado e descobre que tudo gira em torno desse projeto. Nesse sentido, a tensão cresce porque a cada pista revelada, o espectador também questiona até onde a realidade pode ser manipulada. Nada ali parece seguro.

A estética do laboratório Devs chama atenção, com ambientes frios, dourados e silenciosos, que ampliam a sensação de isolamento. Ao passo que a narrativa brinca com determinismo e livre-arbítrio, deixando claro que o tempo, dentro daquele sistema, já está todo calculado.

É isso! Ao final, fica claro que as séries de viagem no tempo oferecem mais do que apenas entretenimento. Elas nos fazem pensar sobre o que é possível, sobre as escolhas que fazemos e como elas afetam o futuro. Não esqueça de conferir as séries mais assistidas da Netflix para maratonar no final de semana. Até mais!