Matrix: 7 curiosidades que vão te tirar da realidade

Ele mostra que a linha entre o que a gente vê e o que realmente existe pode ser bem fina.

Matrix não é só um filme de ficção científica com cenas icônicas de luta e câmera lenta. O filme mistura filosofia, tecnologia e questionamentos sobre a realidade de um jeito único. E mesmo depois de tanto tempo, sempre tem algo novo que você pode descobrir.

Aliás, Matrix guarda várias curiosidades que passam despercebidas quando a gente só assiste pela ação. Desde escolhas visuais até detalhes nos bastidores, tudo tem um motivo. Por isso, vale a pena olhar com mais atenção e mergulhar nessas histórias por trás das câmeras. Confira!

1. Primeiro filme a vender 1 milhão de DVDs

Quando Matrix chegou ao mercado de home video, ele não só chamou atenção pelo conteúdo, mas também fez história nas prateleiras. Afinal, foi o primeiro filme a vender mais de 1 milhão de DVDs nos Estados Unidos, um feito que mostrou a força da tecnologia na época.

Isso aconteceu em 1999, quando o DVD ainda era uma novidade e poucos títulos passavam das cem mil cópias. Assim, Matrix quebrou essa barreira com facilidade, impulsionado pelos efeitos visuais revolucionários e cenas de ação que muita gente queria rever em casa.

Além do filme em si, o disco trazia conteúdos extras como bastidores, comentários das diretoras e cenas cortadas, algo que encantou os fãs. Esse lançamento ajudou a popularizar o formato e mudou a forma como o público consumia cinema fora das salas. E tudo isso partiu de um filme que desafiava a própria realidade.

2. A escolha do elenco principal

Keanu Reeves não foi a primeira escolha para interpretar Neo em Matrix. Antes dele, o estúdio cogitou nomes como Will Smith e Brad Pitt, mas ambos recusaram o papel. Logo, isso abriu espaço para Keanu, que mergulhou no personagem e marcou sua carreira com esse trabalho.

Carrie-Anne Moss quase ficou de fora, já que as produtoras buscavam alguém mais conhecido. No entanto, ela surpreendeu nos testes e garantiu o papel de Trinity, mesmo sem tanta experiência no cinema. Inclusive, a química entre ela e Keanu funcionou logo de cara.

Laurence Fishburne também se destacou como Morpheus, embora o papel tenha sido oferecido antes a Samuel L. Jackson e Gary Oldman. Afinal, as diretoras queriam alguém que trouxesse firmeza e mistério ao mesmo tempo. Por fim, o elenco final trouxe um equilíbrio que ajudou Matrix a se tornar um fenômeno.

3. Keanu Reeves dividiu parte do lucro com a equipe

Durante as filmagens de Matrix, Keanu Reeves tomou uma atitude que chamou atenção nos bastidores. Afinal, ele decidiu dividir parte dos lucros que recebeu com membros da equipe técnica, especialmente os responsáveis pelos efeitos especiais e figurino. Certamente, essa escolha veio do reconhecimento de que o resultado final não dependia só dos atores.

Assim, Keanu entendia que a dedicação de quem estava por trás das câmeras fazia toda a diferença, principalmente em um filme tão inovador visualmente. Aliás, ele não anunciou isso publicamente na época, mas a notícia acabou se espalhando entre a equipe e depois chegou ao público.

4. O código verde é uma receita de sushi

O famoso código verde que cai pela tela em Matrix pode até parecer algo misterioso, mas tem uma origem bem mais inusitada. Simon Whiteley, o designer responsável pela arte, revelou que usou caracteres de um livro de receitas japonesas da esposa.

Para isso, ele escaneou símbolos de pratos como sushi, tempurá e outros quitutes orientais, misturou com números e criou aquele visual icônico que virou marca registrada do filme. Aliás, a ideia era trazer um toque exótico e ao mesmo tempo digital, criando uma identidade visual única.

Mesmo com toda a estética futurista, o código que representa a própria Matrix nasce de algo tão cotidiano quanto um livro de culinária. Isso mostra como pequenos detalhes escondem decisões criativas que passam batido por quem assiste. No fim das contas, o fundo da realidade simulada tinha mesmo gosto de peixe cru e arroz.

5. Origem do nome Morpheus

O nome Morpheus em Matrix não foi escolhido por acaso. As irmãs Wachowski buscaram inspiração direta na mitologia grega, onde Morfeu é o deus dos sonhos, o qual tinha o poder de entrar no mundo onírico das pessoas e moldar aparências durante o sono.

Essa referência faz sentido quando a gente pensa no papel do personagem. Afinal, Morpheus desperta Neo de uma ilusão e o guia na descoberta da realidade, quase como se ele puxasse alguém de um sonho profundo. Inclusive, o paralelo com o mito reforça essa ideia de transição entre mundos.

Além disso, a escolha do nome adiciona camadas ao roteiro sem depender de explicações óbvias. Quem conhece o mito já entende de cara o simbolismo por trás do personagem. Portanto, a mitologia acaba funcionando como pano de fundo e ajuda a dar um peso maior às ações do personagem.

6. Escolha de rodar o filme na Austrália

A maior parte das filmagens de Matrix aconteceu em Sydney, na Austrália, e isso não foi só por estética. Na época, gravar lá saía muito mais barato que em cidades dos Estados Unidos, o que ajudou bastante no orçamento. Mesmo com a ambientação futurista, várias cenas externas mostram ruas reais da cidade, principalmente na região comercial.

Aliás, os prédios altos e o visual limpo das avenidas deram exatamente o clima que o filme precisava sem exigir grandes efeitos práticos. Além disso, boa parte dos estúdios usados também ficava em solo australiano. O espaço facilitou a construção dos cenários internos, como o apartamento de Neo e o famoso dojo onde ele treina com Morpheus.

7. Irmãs Wachowski

Quer saber uma coisa bem interessante sobre Matrix? As mentes por trás da trilogia original são Lana e Lilly, as irmãs Wachowski. Ambas são mulheres trans e isso vai muito além de um simples detalhe: traz uma nova dimensão para o significado do filme.

Muita gente passou a perceber conexões entre a jornada de Neo, que precisa escolher entre a pílula azul e a vermelha, e a própria trajetória de autodescoberta e aceitação das irmãs. Logo, Matrix acabou se tornando uma metáfora poderosa sobre identidade e transformação.

Em um mundo que ainda enfrenta muito preconceito e discriminação, o fato de um filme tão grande como Matrix ter diretoras trans é um marco importante. Isso mostra que vozes diversas podem liderar projetos gigantescos e impactar gerações, abrindo caminho para mais representatividade e respeito no cinema e na sociedade.

É isso! As curiosidades que a gente viu aqui, desde as referências filosóficas até as teorias de que a nossa própria realidade pode ser uma Matrix, só aumentam a sensação de que talvez as coisas não sejam tão simples quanto parecem. Já que chegou até aqui, confira alguns fatos que você não sabe sobre o filme Ainda Estou Aqui. Até breve!